Brasil adota cautela após Trump anunciar nova tarifa sobre aço importado

Faíscas feitas por uma serra cortando metal
Reprodução Instagram

O governo brasileiro e o setor siderúrgico nacional mantêm postura cautelosa após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a implementação de tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio. O anúncio oficial está previsto para esta segunda-feira (10).

Fontes do governo brasileiro indicam que a estratégia inicial não será aplicar retaliações imediatas baseadas no princípio da reciprocidade. Em vez disso, a prioridade é avaliar o impacto real das medidas no setor produtivo nacional.

A prudência na reação tem fundamento histórico. Durante seu primeiro mandato, Trump fez anúncio similar, estabelecendo tarifas de 25% para o aço e 10% para o alumínio, mas as medidas nunca foram efetivamente implementadas.

Setor siderúrgico aguarda

O setor siderúrgico brasileiro observa a situação com atenção particular. Os semi-acabados de aço representam o segundo item mais relevante na pauta de exportações do Brasil para os Estados Unidos em 2024, ficando atrás apenas do petróleo.

Fontes governamentais, no entanto, apontam alternativas para o escoamento da produção brasileira. A China surge como potencial mercado alternativo, o que poderia fortalecer a posição do Brasil em eventuais negociações com os Estados Unidos.

O movimento de Trump segue um padrão já observado em seu atual mandato, iniciado em janeiro. O presidente americano já impôs tarifas sobre produtos do Canadá, México e China – os três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. México e Canadá conseguiram suspender temporariamente as tarifas após negociações.

A imposição de taxas sobre produtos importados tem sido uma marca registrada da política comercial de Trump desde sua campanha eleitoral. Recentemente, ele estabeleceu tarifas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos, além de um acréscimo de 10% nas tarifas já existentes sobre produtos chineses.

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